quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Competência e sua empregabilidade

Ouvimos muito a palavra "competência",  fala-se sobre ela nas conversas informais, na escola e nas empresas. O que é Competência? Competência representa chances de maior produtividade e aprendizado? Você já parou para refletir o que essa palavra significa e quais suas implicações na sua vida profissional? 

O sociólogo francês Philippe Zarifian define competência como sendo “o tomar iniciativa e o assumir responsabilidade”

Já o especialista em aprendizagem nas empresas Karl-Erik Sveiby define competência como a capacidade que possuímos para agir, baseada em nossos conhecimentos teóricos e tácitos. Estes dois autores centram seus conceitos na ação.

Para nós do SENAI,  a competência é a articulação da conhecimento, habilidade e da atitude, o famoso CHA. Essas três dimensões precisam se “misturar” para que possamos dizer que somos competentes em determinada área.


  • O conhecimento é o saber. Envolve a educação formal, saber o que, saber o porquê, saber para que e a capacidade de aprender;
  • A habilidade é o saber-fazer. São as experiências, o saber como, as técnicas, o conhecimento tácito e o modelo mental;
  • A atitude é o saber ser. Ou seja, ter determinação, responsabilidade, comprometimento, motivação e iniciativa.
O mercado de trabalho sempre buscou indivíduos competentes tecnicamente para ocuparem os postos de trabalho. Com o passar do tempo e com as novas demandas surgidas a partir de modernos modelos de gestão, as empresas passaram a buscar indivíduos qualificados intelectual e tecnicamente, mas também competentes emocionalmente.

Isso quer dizer que as empresas valorizam o saber, o saber-fazer e o saber ser! É comum a realização de processos seletivos tendo como foco as competências comportamentais como a comunicação, o planejamento, o relacionamento interpessoal, a autonomia, o autocontrole e a capacidade de resolução de conflitos. A gestão por competências já é realidade em muitas empresas, sendo utilizada como um instrumento estratégico para atingir objetivos específicos.

Penso que você já é capaz de responder à pergunta inicial: qual a implicação das competências na vida profissional? A proposta que trago hoje é um breve exercício de autoconhecimento. Diante desse contexto competitivo, volte o olhar para si e tente avaliar como está seu nível de empregabilidade - isto é, o quanto você é a atraente para o mundo do trabalho.

Quais as competências que você possui e quais as que precisa aprimorar? Faça uma lista de seus pontos fortes. Olhe novamente para os três círculos. Verifique quais são seus conhecimentos técnicos, suas habilidades e reflita sobre suas atitudes em relação às duas primeiras. Observe onde estes três pontos se cruzam e encontre sua competência.

Você já assistiu alguma vez o programa "O Aprendiz", é bastante interessante no sentido de que podemos observar como os participantes articulam ou não suas habilidade e conhecimentos, assistindo ao programa o Aprendiz, em suas salas de reunião, pudemos ver nos últimos capítulos, que os candidatos demitidos caíram mais por suas palavras do que pelas suas atitudes. Como assim?

Nas provas em questão, o avaliador considerou o comportamento dos mesmos na reunião, principalmente o que falavam e a forma como falavam,  um dos participantes praticamente foi eliminado por escrever uma carta com a palavra “escultar”, que na visão do avaliador era imperdoável para alguém de nível universitário. Sendo assim, aqueles que realmente contribuíram para derrota com ações totalmente errôneas, nem sequer chegaram perto de serem demitidos.

Isso nos leva a algumas reflexões no mundo corporativo em que muitos chefes valorizam aqueles que mais sabem se vender do que realmente executar as atividades de forma eficiente. Para muitos chefes não basta apenas fazer deve sempre estar mostrando o que faz e o que resulta, mesmo que ações pequenas.

Antigamente imaginava que ações já se diziam por si só, assim como fatos não existem objeções, mas atualmente vemos muitas especulações sendo levadas em conta. O que demonstra que o marketing pessoal é imprescindível para os profissionais nas organizações.

Invista em seu marketing, se atentando a sua postura, modo de tratamento com as pessoas, apresentação pessoal, não se esquecendo de desenvolver sua inteligência emocional.

Mas reflita e encare o tema com seriedade. Até para que no próximo artigo possamos continuar esta conversa sobre competência e seu desenvolvimento pessoal e profissional.

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